Descobri um quadro chamado “Preconceito”, do canal Spotniks no YouTube. A dinâmica é simples: duas pessoas com pensamentos opostos sentam-se frente a frente sem se conhecerem e tentam responder como acham que o outro responderia a determinadas perguntas.
Naturalmente, os estereótipos, o julgamento físico aparecem ali primeiro, mas conforme a conversa avança, algo interessante acontece. Em um episódio, um banqueiro e um morador de rua se encontram. A tendência dentro da minha bolha, pelo menos, é simpatizarmos com o morador de rua quando conhecemos a sua história, ainda que ao cruzarmos com ele na rua, nem sempre nos sensibilizaremos.
Mas o banqueiro também tem sua trajetória, tem suas histórias e a troca entre os dois nos conduz a um olhar mais amplo. O mesmo acontece quando uma mulher trans dialoga com um político evangélico. Um ex-traficante conversa com a mãe de um jovem usuário de drogas ou uma paciente terminal que encontra uma jovem que tentou suicídio. O canal provoca que a discussão respeitosa ainda é possível. Foi uma das participantes que disse algo que resume bem essa experiência.
Vamos focar naquilo que nos une e não naquilo que nos distancia.