A greve dos metroviários continua nesta sexta-feira (24) em Belo Horizonte. As 19 estações do metrô amanheceram fechadas pelo segundo dia consecutivo e quem arriscou ir até os locais se deparou com os portões fechados.
Haverá hoje, às 10h, na Praça da Estação, uma assembleia geral para tratar sobre a paralisação.
A greve é contra uma resolução do governo federal que não autoriza os empregados lotados na Superintendência Regional Belo Horizonte (STU-BH) se transferirem para outras unidades da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) caso aconteça a privatização.
CDL/BH aciona justiça para garantir funcionamento do metrô
O Ministério Público do Trabalho (MPT) atendeu ao pedido da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), solicitado nesta quarta-feira, 22, e irá acompanhar o movimento grevista dos metroviários. A entidade solicita que seja cumprido o funcionamento mínimo do metrô, considerando que o transporte público é considerado serviço essencial, atende a mais de 80 mil pessoas diariamente e a paralisação total pode impactar negativamente as vendas do comércio às vésperas do Natal.
A entidade ressalta que solicitou ao MPT este acompanhamento, pois é o órgão que possui legitimidade para defender os direitos da população, que poderão ser violados com a greve dos metroviários. O resultado da apuração pode determinar sanções e a instauração de uma Ação Civil Pública contra o descumprimento da lei.
“Defendemos o direito à greve e estamos em contato direto com as partes envolvidas. Mas também reafirmamos nosso compromisso com o cumprimento da lei, para que a circulação mínima seja realizada. Afinal, a paralisação total vai afetar diretamente o movimento das lojas e o comércio não pode pagar por mais essa conta após tantos prejuízos acumulados ao longo dos últimos anos”, pontua o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.