Philadelphia Eagles e Green Bay Packers fazem amanhã, na Neoquímica Arena, o primeiro jogo da NFL na história do Brasil. É uma oportunidade única para muita gente por aqui, que torce o nariz para o universo da bola oval, mudar de ideia.
Se mostra comum por nossas bandas o estereótipo, tão reducionista quanto equivocado, de que a grande paixão dos Estados Unidos não passa de uma modalidade violenta, que reúne um monte de brutamontes se degladiando de lado a lado.
Esse clichê não poderia estar mais longe da verdade. A realidade é que, no fundo, o jogo dominado hoje por Patrick Mahomes, outrora por Tom Brady, envolve mais tática e valências intelectuais do que o nosso “soccer”. E, se pensarmos bem, do que basicamente quase todos os outros esportes coletivos.
No futebol americano as partidas são interrompidas toda hora para o planejamento de quase todas as ações. Existem técnicos especializados em defesa e ataque há anos, e unidades, times inteiros, voltados exclusivamente para cada uma dessas fases dos duelos.
Trata-se de um xadrez humano, disputado por atletas com físicos bem específicos para cada função. A inteligência e a força mental que um quarterbackprecisa carregar para memorizar e executaram o extenso e complexo playbook na hora certa, por exemplo, revelam-se dignas de nota.