Tem umas cerimônias que dizem muito mais sobre o presente do que sobre o passado. Embora pareçam voltadas à memória, elas revelam quem somos hoje e como escolhemos olhar o que veio antes. Quando uma comunidade se reúne para homenagear seus antigos servidores, ela fala de si mesma, fala dos valores que cultiva agora.
Respeito, reconhecimento, humanidade e foi assim na homenagem promovida pelo Conselho da Comunidade de Ribeirão das Neves aos antigos funcionários da penitenciária José Maria Alkimin, a mais antiga de Minas Gerais. A cada nome chamado, aplausos sinceros e, quando Seu Salvador, um dos mais antigos servidores, tomou a palavra, o tempo pareceu parar.
Em suas lembranças, havia mais que fatos; havia o sentido de ter vivido para servir, de ter feito parte de algo maior. Como costumo dizer nas aulas de endomarketing, é preciso valorizar as pessoas durante o processo e não só ao final dele.
O reconhecimento cotidiano é o que sustenta o sentimento de pertencer. A gratidão dá sentido à história e talvez seja essa a forma mais bonita de seguir adiante.
