O Galo segurou o River Plate pelo jogo de volta das semifinais da Libertadores, na noite dessa terça-feira (29). O time mineiro empatou em 0 a 0 no Monumental de Nuñez e está, depois de 11 anos, na final da competição mais nobre do nosso continente.
Na partida de ontem, os argentinos tiveram muito volume, bastante presença no campo de ataque, incomodaram com assiduidade o goleiro Everson, que teve grande jornada e foi eleito o melhor em campo.
Os números atestam esse domínio dos mandantes: 68% de posse de bola contra 32% dos mineiros; 35 a 5 em finalizações; 6 a 2 em arremates em direção a meta inimiga; 4 a 1 em chances cristalinas de marcar; e 20 escanteios contra apenas 1 da trupe de Milito.
A despeito das estatísticas acachapantes, todavia, não dá para dizer que os comandados de Gallardo, que mudaram o seu sistema tático com relação ao que vigorou no embate de ida, saindo do 3-4-2-1 para o 4-2-3-1, esbanjaram em campo sofisticação individual e coletiva na forma de criar.
Faltou também a automatização de mecanismos conscientes programados bem azeitados na hora de construir.
A forte presença ofensiva marcou-se muito mais pelo abafa, pelo ímpeto anêmico e físico do que pelo esmero no preparo das ações. Com tudo isso, por este e outros fatores, dá para atestar que, na soma dos 180 minutos, o Atlético mereceu a classificação para tentar faturar a glória maior da nossa região.