A briga pelo título brasileiro segue eletrizante e, nesse momento, na minha visão, concentrada em Botafogo e Palmeiras. Ambos os times impressionam. Os representantes da estrela solitária conseguem unir capacidade para valorizar a bola e verticalidade. Dom para atuar como um rolo compressor de forma louvável. Possuem em Almada, meia argentino que tem atuado pelo lado esquerdo – apesar de seu estilo que por vezes flerta com de um armador clássico –, um dos seus grandes trunfos.
No sábado contra o Corinthians, esse atleta desfilou qual o melhor em campo, disparado, exibindo valências tão úteis quanto diversas. Sabe o momento de pifar os companheiros, deixando-os na cara do gol, e o instante de driblar, ir para cima, ser mais agudo, resolver sozinho, revelando-se um tipo de arquiteto que a própria Seleção Brasileira está com dificuldades de encontrar.
O Verdão, por seu prisma, exala força mental, equilíbrio e aptidões táticas. Flui num automatismo impressionante, orquestrado pelo brilhante Abel Ferreira. Para completar, os paulistas cresceram com mudanças recentes feitas no esquadrão titular, que vem entrando em campo num 4-2-3-1, com uma talentosíssima linha de homens de ligação. Estêvão pela direita, Maurício, ex-Cruzeiro, centralizado e Felipe Anderson pela esquerda. Praticamente impossível a maior glória nacional não ficar com um dos dois clubes em questão.
E, para não ficar em cima do muro, precisando escolher um favorito, elejo o elenco chefiado por Leila Pereira.