No livro “Klopp”, escrito por Raphael Honigstein e publicado no Brasil pela ótima Editora Grande Área, um dos termos que mais aparecem é em alemão – talvez por não existir uma tradução exata para o mesmo em português. Trata-se do decantado “gegenpressing”.
Aqui no Brasil, costuma–se explicar esta palavra com a expressão “perde e pressiona”. Me parece sim o melhor caminho para ser fiel ao seu significado original. Contra o Galo, o Flamengo recorreu bastante a este expediente tão inegociável para o ex-treinador do Liverpool e do Borussia Dortmund.
Na fase defensiva, logo depois de perder a posse, invariavelmente, principalmente no primeiro tempo, víamos os rubro–negros com um ou dois jogadores em cima do portador da bola, numa luta desvairada por recuperá-la imediatamente.
Outro conceito relacionado a este primeiro, também muito caro ao personagem germânico em tela, se resume por meio da sua famosa frase que transmite mais ou menos a seguinte ideia: o melhor camisa 10 do mundo é recuperar a redonda perto da meta adversária.
A filosofia por trás desta proposição revela-se simples: ao fazê-lo, ao desarmar o oponente ainda no seu próprio campo, você não só já se encontraria próximo de uma zona de perigo, como lá estaria com o seu rival desguarnecido, desarrumado e sem ajustar as linhas de combate.
Diante do Atlético, Felipe Luís armou com maestria essa arapuca para os mineiros. Que Milito tenha aprendido a lição para o segundo jogo, tanto para não sofrer com estas artimanhas, quanto para, quem sabe, utilizá-las com eficiência, empurrado pela massa na Arena MRV.