Gabriel Milito deve estar vivendo alguns dilemas para montar o time e a estratégia para a finalíssima da Libertadores no próximo sábado. Por um lado, se abstrairmos qual é o adversário do Galo, por alguns instantes e pensarmos na formação ideal do alvinegro de Minas, hoje em si, ela, para mim, teria Deyverson, Hulk e Paulinho juntos.
Lembremos de alguns fatores, contudo. Zaracho, que apareceria enquanto ótima opção, inclusive pela completude do seu futebol, por poder cumprir papéis múltiplos, híbridos dentro de um confronto só, infelizmente está machucado.
Bernard, que, em tese, funcionaria como uma peça para construir as jogadas por dentro, desde que voltou ao Atlético, não apresentou absolutamente nada. Rubens que chegou a convencer pela esquerda, liberando Arana para o trabalho de arquiteto mais solto e centralizado, caiu de rendimento. E fica sempre também a dúvida: não se provaria um desperdício deslocar o lateral da Seleção Brasileira para fora do seu habitat natural?
Há de se considerar, todavia, que o Botafogo anda tendo dificuldades contra rivais mais fechados e, que, diante do Palmeiras, por exemplo, que se abriu na última terça, os cariocas nadaram de braçadas.
Por essas e outras, surge o questionamento: Deyverson, Hulk e Paulinho, simultaneamente, frente a um conjunto sedento pelos espaços nas costas dos volantes e dos zagueiros, não flertaria com o que poder-se-ia chamar de irresponsabilidade?