O Cruzeiro parece viver uma espécie de limbo em termos táticos e coletivos que preocupa, pensando tanto na final da Sul-Americana quanto no restante do Brasileirão.
Lembremos que, caso os celestes não faturem a competição continental, precisarão crescer no certame doméstico para abocanhar um dos principais objetivos da temporada: a classificação para a Libertadores do ano que vem.
Não se enxerga mais em campo resquícios dos mecanismos outrora adotados por Fernando Seabra. Talvez por isso, por exemplo, Matheus Pereira tenha caído tanto de produção.
Com o técnico anterior, o Maestro Azul aproveitara com frequência de uma movimentação que não vem existindo mais, de uma dupla de ataque dinâmica que caia para os lados para ele, bem adiantado, infiltrar-se na área para finalizar.
Não se nota, tampouco, uma versão afinada do dinizismo típico. A equipe não tem conseguido obter consistência para fazer a saída de bola por baixo que o atual comandante tanto gosta.
Ao tentar fugir do modelo posicional não preconizado por este último, anda se mostrando desorganizada com aglomerações de atletas em setores que não se traduzem numa compactação positiva propícia para a troca de passes rápidos e eficientes.