A contratação de Gabigol revela-se mais um acerto retumbante da dupla Pedrinho e Alexandre Mattos. Tenta-se dirimir injusta e simploriamente a aquisição azul, associando o atleta em questão à polêmicas extra-campo superestimadas, invariavelmente vazias e ao fato de, nesta atual temporada, ele ter jogado com pouca regularidade.
Se 2024 não foi exatamente o ano de um dos maiores ídolos da história da mais popular torcida do país, isso não aconteceu por demérito dele, em larga medida.
O habilidoso e decisivo 9 rubro–negro não pode ser cobrado por esmero técnico dentro de um período no qual, por circunstâncias que não se mostraram culpa do próprio, ele não ganhou sequência e não pôde desfilar nos gramados com assiduidade.
O sucesso de Pedro, outro enorme centroavante, a preferência de Tite por este tipo de peça no comando do ataque, por exemplo, consolidou-se como uma das principais razões para Barbosa não receber o número de oportunidades que, provavelmente, merecia.
Em forma, com ritmo e, lembremos: estamos falando de um futebolista de apenas 28 anos.
Os celestes abocanharam um dos melhores e mais letais finalizadores do país que, de quebra, esbanja mobilidade para agregar ao conjunto de forma mais ampla, driblando, arrancando, abrindo espaços para meias como Matheus Pereira chegarem de trás. Não resta dúvida: com sua nova cúpula, a Raposa está destinada a voltar ao patamar condizente com sua grande eloquência.