Nos jogos contra o São Paulo pela Copa do Brasil, o Galo mudou o seu estilo de jogar. Saiu a linha de três na fase ofensiva, entrou um Arana, digamos, mais comportado, convencional. Paulinho, outrora por dentro como dupla de ataque de Hulk, fora deslocado para fazer o lado esquerdo. A filosofia também se transformara: em vez da marcação alta, agressiva, um posicionamento do todo em geral mais precavido, com linhas mais baixas e muitas perseguições individuais sem a bola.
A obsessão pela posse também deixou, em boa medida, de existir, com a trupe de Milito preferindo um modelo reativo em diferentes instantes diante do tricolor paulista. Pelo resultado deu certo, mas tudo ficou bastante no fio da navalha, e o esquadrão mineiro passou longe de realmente convencer.
Por isso, no duelo de 180 minutos que começa hoje, frente ao Fluminense, é preciso evoluir – não necessariamente voltando ao sistema anterior –, tornar-se mais criativo, insinuante, consistente na parte ofensiva, contudo, me parece vital para aumentar a chance de passar pelos cariocas. Lembremos que, com Mano e Thiago Silva, a agremiação das Laranjeiras passou a combater melhor. Despido de ínfima volúpia, de mínima inspiração para arquitetar boas tramas, contra eles, fica difícil de marcar gols.