Em alguns anos, era comum escutar, entre as preferências de qual lugar ir no exterior, alguém dizer “eu amo ir para o Estados Unidos, detesto a Europa, lá só tem museu”.
Ainda bem que, pelo que parece, tem diminuído número de pessoas que fazem esse tipo de comentário, porque seja em casa ou no ambiente público, a memória é filha do afeto. É criativa, impregnada de presente e é também constantemente editada e profundamente poética. Pensou em um passeio? Que tal visitar o museu?
Pensou na sua casa que você está montando com todo o carinho? Que tal colocar nela o que ativa a sua memória afetiva: móveis antigos, peças que foram da sua avó e outras que te lembram que o aqui e o agora existem porque temos história.
Somos impelidos a banalizar o cotidiano, a querer sempre o que é novo, mas se isso pode te convencer, vou te confessar: peças antigas conjugadas a outras contemporâneas dão um charme irresistível a qualquer ambiente. Faça essa reflexão quando o seu pensamento vagar, imaginando uma casa nova novinha em folha. O lugar onde moramos tem que ter alma.