Recentemente, o arquiteto mineiro Gustavo Penna foi entrevistado do programa ‘Canal Livre’, que vai ao ar na Band e na BandNews. Além de falar sobre o Memorial Brumadinho, assinado por seu escritório e da importância de um projeto que visa jamais apagar da memória a tragédia do rompimento da barragem que vitimou 272 pessoas, Gustavo Penna também falou sobre cidades possíveis, sobre gentilezas urbanas, partindo sempre do exemplo que é possível dar do micro para o macro.
Muito do que ele disse faz lembrar o arquiteto chinês Liu Jiakun, que esse ano foi o vencedor do Pritzker, que é uma espécie de Oscar para arquitetos que se destacam no cenário global.
O júri do Pritzker escolheu o chinês Liu Jiakun, que não é um arquiteto de assinatura icônica, que não recorre a construções, espetáculos, mas que mostra em seu trabalho que o principal na arquitetura é focar na experiência humana, é criar espaços que encorajam a empatia, a conexão emocional e o pertencimento comunitário. Eu assisti a entrevista com Gustavo e creio que ele fala algo semelhante.
Construções apoteóticas que assustam um indivíduo, ao invés de acolhê-lo, são cada vez mais descabidas quando o que precisamos mesmo é sermos abraçados, queridos. Uma dica, dá uma pesquisada nas obras do Gustavo Penna, que é considerado um dos maiores arquitetos contemporâneos brasileiros e claro, pesquisa o que o Liu Jiakun, Prêmio Pritzker de 2025, tem feito.