O que você faria se uma das pessoas que você mais ama na vida, em um belo dia, te falasse que não gosta mais de você? E o pior: sem você entender o real motivo. Essa é a premissa de “Os Banshees de Inisherin”.
O filme se passa em uma ilha, em 1923, durante a Guerra Civil Irlandesa. O pacato local é o lar de dois melhores amigos de longa data. Porém, essa linda amizade é quebrada por um deles repentinamente, decisão que gera fortes conseqüências para todos que vivem ali.
Definitivamente, o brilho do filme são as atuações dos atores. Interpretando Pádraic, Colin Farrell entrega doçura, ingenuidade e uma insegurança que faz a gente desejar pegá-lo no colo e dizer “vai ficar tudo bem”. Em contrapartida, Colm, vivido por Brendan Gleeson, desperta raiva em quem assiste. Eu, particularmente, terminei o filme muito indignada com esse personagem (o que mostra o quão genial é atuação dele).
Os Banshees de Inisherin nos induz a pensar sobre nossas relações com quem a gente ama. É um filme sensível que desperta emoção ao espectador de uma maneira muito bonita.
E é lindo ver como o diretor mostra que guerras e conflitos com pessoas que amamos tem uma grande semelhança: nenhum dos dois nos leva a um bom final.