O novo fechamento do comércio considerado não essencial pela Prefeitura de Belo Horizonte, o terceiro desde o início da pandemia no país, vai provocar prejuízos ainda maiores para comerciantes e trabalhadores. Um levantamento realizado pela Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), entre os dias 7 e 8 de janeiro, com empresários da capital, apontou que 90,2% dos comerciantes vão acumular ainda mais prejuízos e uma queda de 60,2% nas vendas.
O impacto na redução de vendas pode ser ainda maior quando se comparado com o acumulado desde o início da pandemia, onde 86,9% afirmaram ter registrado, em média, uma queda de 61,6%. Dentre os entrevistados, 65% avaliaram o fechamento como indevido, precipitado ou exagerado e 15,3% revelaram que vão decretar falência.
Do total de lojistas entrevistados, 77,4% disseram ter adotado o programa emergencial de manutenção de emprego e renda, encerrado no último dia 31 de dezembro, que permitia a redução de jornada e salário ou suspensão de contrato de trabalho.
“Observamos que 90,2% dos empresários adotaram suspensão de contrato e 56,1% optaram pela redução de jornada e salário. Agora, o cenário é totalmente diferente. O lojista terá de manter a folha salarial e o quadro de funcionários, mesmo sem movimentação financeira”, destaca o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
Outras alternativas de venda
Mais uma vez o on-line surge como a tábua de salvação para os lojistas neste novo fechamento. As vendas virtuais serão utilizadas por 83,3% dos lojistas. As redes sociais são a escolha de 63,3%. Venda por telefone será a estratégia de 31,7% dos comerciantes.