No sábado (10), tem super clássico e, invariavelmente, quanto aos jogos de Cruzeiro e Atlético que antecedem imediatamente este tradicional confronto direto, proliferam-se pedidos de torcedores na linha.
“Tem de poupar o time para pegar o maior rival”, “vamos tirar o pé para ninguém se machucar na véspera” e por aí vai.
Ninguém mais do que eu enxerga, absorve, até o fundo da alma, a importância das grandes rivalidades para o futebol. Principalmente entre Cruzeiro e Atlético. O charme por trás delas. Os aspectos sociais e humanos, demasiado humanos, que as abarcam.
Mas se, até certa medida, essa romantização é correta, bem-vinda, ela precisa coexistir com uma espécie de pragmatismo, de objetividade.
Para o campeonato de pontos corridos, o clichê “de que todos os jogos valem a mesma coisa”, não chega a ser inteiramente verdade. Há o intangível, o anímico que certos triunfos reservam.
Vá lá, porém, que o mencionado lugar-comum possui seu quinhão de fundamento.
A Raposa jogou com menos intensidade contra o Fortaleza, na última segunda, e errou ao assim proceder. Ao contrário do que dizem muitos de seus adeptos. Superar o Leão significaria muito, inclusive no sentido de dar um gás extra para o duelo vindouro.
Compreender a poesia por trás dos enfrentamentos diante de seu principal adversário é uma coisa. Fanatismo cego é outra.