A CDL/BH tem como uma de suas principais frentes de trabalho a articulação política e o diálogo com os poderes públicos, além de oferecer serviços diretos aos comerciantes. Com a entidade prestes a completar 65 anos neste sábado (28/6), o presidente Marcelo Souza e Silva falou da trajetória da CDL/BH até aqui.
“Nós trabalhamos no operacional do dia a dia do comerciante, do empreendedor, nas questões de segurança, mobilidade, crédito, capacitação, mas também nós trabalhamos em questões macro, né, que são questões mais estratégicas, como legislação, questão dos juros”, detalha Marcelo.
O presidente reforça que a alta dos juros é uma das maiores preocupações do setor atualmente. “O Brasil é um país que vive muito, o comércio, o serviço vive muito do crédito e esse acesso ao crédito tem que ser facilitado”, pontua.
Além da defesa por juros mais baixos, a CDL/BH atua pela modernização e eficiência dos serviços públicos. “Quanto melhor a gestão nos governos municipal, estadual e federal, mais retorno a gente tem dos impostos pagos, que não são poucos, não são baixos. A CDL faz o Dia Livre de Impostos, né?”, explica.
“Nasceu aqui na CDL de Belo Horizonte, através da CDL Jovem e hoje acontece em todo o Brasil, é um movimento nacional, mostrando que a gente paga muita carga tributária e que o retorno desse pagamento não é adequado para todos nós brasileiros”, completa.
Missão na Ásia
Diretamente do Japão, onde participa de uma missão internacional ao lado do Governo de Minas e empresários mineiros, Marcelo destaca os esforços para atrair investimentos para o estado e fortalecer a presença de Minas Gerais no mercado global.
“O estado de Minas Gerais, aí com a atuação do Governo de Minas, mas com apoio expressivo das entidades, as organizações, conseguiu trazer mais de 450 bilhões de investimentos para Minas Gerais. Isso afeta todos os estados positivamente, porque vai para os municípios, essas empresas vão para as cidades e geram emprego, geram essa toda essa movimentação econômica e social de qualidade”, afirma.
De acordo com ele, as tratativas durante a missão envolvem grandes empresas, mas também visam criar oportunidades para pequenos fornecedores locais.
“Essas grandes empresas precisam de fornecedores pequenos, elas precisam de empresas menores para atender a geração de emprego que ela provoca naqueles municípios onde elas vão investir e também a gente vê aqui oportunidades para que empresas de Minas Gerais possam estar comercializando seus produtos também nos países que nós estamos visitando”, explica.
Comércio forte, cidade forte
Na avaliação do presidente da CDL, o fortalecimento do comércio e dos serviços em Belo Horizonte impacta diretamente a qualidade de vida dos moradores.
“É muito importante toda a população de Belo Horizonte que nos escuta entender que os cerca de 13 mil associados que a CDL tem são responsáveis pela grande produção, geração de emprego, produção da economia, e que são também grandes lutadores, pessoas que, né, comerciantes, prestadores de serviço, são pessoas que no dia a dia fazem com que a nossa cidade fique viva”, destaca.
Segundo Marcelo, esse é o compromisso da CDL. “Nós temos uma máxima na CDL/BH que fala: ‘Se o comércio vai bem, a cidade vai bem’. É isso que nós precisamos. Melhorar o ambiente cada vez mais com diálogo, com ações para que a gente possa transformar Belo Horizonte numa referência nacional de comércio e serviço”, finaliza.