A seleção brasileira enfrenta o Equador na sexta-feira (6), em Curitiba, pelas eliminatórias da Copa do Mundo e, vendo nossa convocação, uma coisa em especial me preocupa: a ausência de meio-campistas que trabalham de área a área, unindo vigor físico para preencher os espaços, marcar sem a bola e talento para contribuir efetivamente na criatividade do conjunto.
Temos bons nomes dessa estirpe, como Gerson, um acerto da lista feita por Dorival. Mas falta-nos atletas extraclasse para executar esse tipo de labor. Como, sei lá, um Bellingham, um De Bruyne. Também não enxergo nessa geração armadores clássicos de primeira grandeza, que seriam ideais para compor a equipe titular, por exemplo, na função de peça centralizada, operando por trás de um camisa 9 num 4-2-3-1.
Caso adote esse esquema, talvez a melhor alternativa seja conceder a Rodrygo, do Real Madrid, essa incumbência, ainda que a ex-joia do Santos renda mais pelos lados do campo. Nesse caso, Estevão, do Palmeiras, para mim o principal jogador do campeonato nacional até aqui, poderia receber uma chance na ponta direita, com Vinicius Junior ocupando o flanco oposto.