Final de semana, início de semana com técnicos protagonistas. Normalmente num dia pós-rodada a gente fala de gols, resultados, mas se a gente parar para pensar bem, hoje é um dia para falar dos técnicos protagonistas ou antagonistas.
Olha só, na final da Copa do Mundo de Clubes, Luiz Henrique, treinador do PSG, o cara que tava com tanta moral depois de ganhar a Champions, que eu acho que se o conclave fosse numa época parecida, ele tinha um risco de ele ser eleito papa, né? De tão santo que ele tava sendo declarado pela imprensa, aí. Saiu do jogo da final como o vilão, depois de dar um safanão no João Pedro, brasileiro do Chelsea, né? Não foi um soco, não foi um tapa, foi um “sujigão”.
Depois do jogo, o Luiz Henrique disse que foi uma situação lamentável e mesmo assim, aconteceu coisas do futebol, né? Enfim. Mas como é que o mundo é estranho, né? Eu vi mais foto do Luiz Henrique hoje na mídia do que do italiano Enzo Maresca, treinador do Chelsea, campeão do torneio por 3 a 0 no PSG na final, fora o baile. Ainda no sábado, um treinador brasileiro teve o disparate de ser sincero. No futebol, sim, isso existiu e vai entrar para a história, meu amigo.
É, Felipe Luiz, ex-jogador e atual treinador do Flamengo, foi sincero e cobrou um jogador dele em público. Meu Deus, quanta ousadia. Um funcionário ser cobrado. Olha só, jogador de futebol pode ser cobrado? Tem que ser profissional? Eles não são atletas? Se você ainda não sabe do que eu estou falando, o atacante Pedro do Flamengo que chegou aí para a Copa do Mundo pela Seleção Brasileira foi afastado pela conduta dele nos treinamentos.
Acontece que o mapeamento de desempenho dos jogadores no treino colocou Pedro como o último em todos os esquisitos. O técnico olhou e falou assim: “Ah, desse jeito você não vai pôr nem uniforme, não”. E depois do jogo Felipe Luiz ainda disse: “Tentei proteger durante muito tempo”. Mas o Pedro tem que querer, querer mais do que eu. Eu não posso querer mais do que ele. E hoje o treinador protagonista foi David Ancelotti, filho de Carlo Ancelotti, apresentado como treinador do Botafogo.
Além de treinador do fogão, ele também é da comissão técnica de Carlo Ancelotti na CBF. E ao ser perguntado sobre como é que estaria a cabeça dele, mais dividida para seleção ou para o Botafogo, ele usou o português fluente e falou: “Eu sou treinador do Botafogo. A minha concentração e a minha entrega é só com o clube”. Interessante. Tá com a cabeça aqui mesmo.
Detalhe, ele é o treinador mais jovem do Campeonato Brasileiro com 35 anos, mais novo que o Hulk do Galo e Cássio do Cruzeiro, que tem 38 anos cada. Olha que coisa. De repente os treinadores são protagonistas do futebol, né? Ah, e eu falo Ancelotti, tá bom? Eu não falo Ancelotti porque eu falo pizza, eu não falo pizza. Tá bom?