Por João Henrique do Vale
Os metroviários decidiram manter a paralisação do metrô que liga Belo Horizonte a Contagem. Os trabalhadores se reuniram, na manhã desta quarta-feira, sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT/MG) no Bairro Colégio Batista, na Região Leste da capital mineira. Com a decisão, todas as estações seguem fechadas.
A presidente do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), Alda Santos, afirma que , até o momento, não foram chamados para negociar com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e o Governo Federal para discutir a situação de 1,6 mil empregados.
“Até agora o Governo Federal, e o Governo de Minas, ou a CBTU, não nos chamaram para conversar. A gente acredita que tem que ter uma negociação, pois somos trabalhadores concursados”, disse.
Uma nova assembleia foi marcada para o próximo sábado na estação Central, em Belo Horizonte. A categoria também vai para Brasília, em 27 de fevereiro, onde fará um ato.
Com a privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU/MG), os metroviários temem a demissão após o período de um ano de estabilidade que está previsto no contrato de concessão.
A paralisação de 100% das viagens descumpre uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/MG) que determinou escala mínima de 70% nos trabalhos. A multa estipulada é de R$ 100 mil em dias comuns, e R$ 150 mil no Carnaval.
No último domingo, segundo a CBTU, o sindicato que representa a categoria teve as contas bloqueadas pela Justiça.