Todo mundo fala dos benefícios que o consumo do vinho pode trazer a saúde. Eles são comprovados por inúmeros estudos renovados e atualizados constantemente. Mas você sabe como esses benefícios foram descobertos?
Sobre o paradoxo francês que o nosso especialista, Nelton Fagundes, sommelier convidado desta semana aqui no Líquido & Certo, nos conta hoje: “Eles pegaram as velhinhas francesas, centenárias, de 90 a 100 anos e perguntaram qual era a dieta alimentar dessas velhinhas. Eles perceberam que era manteiga, que é a base da cada comida francesa, pão e vinho. Elas viviam bastante consumindo isso”.
“O consumo de vinho é aconselhável, é saudável. Uma taça, para a mulher, durante o almoço e uma no jantar e, para o homem, uma no almoço e duas no jantar. Não sei porque essa essa diferenciação, provavelmente por causa da massa muscular”, explica Nelton.
“Inclusive na técnica de 70 e 80, quando o Whisky era o grande auge dos tomadores de bebidas alcoólicas no Brasil. Os médicos que estavam formando, viajando e fazendo intercâmbio fora do país, tinham que cortar a bebida alcoólica e cortavam o whisky, por causa do teor alcoólico que é muito alto, em torno de 40% e passaram a sugerir vinho”, ressalta o sommelier.
Ele ainda complementa: “Nessas pesquisas, descobriu-se que na Europa, por exemplo, o vinho é alimento, ele é taxado como alimento, não como aqui, que é uma bebida alcoólica. Faz parte da cesta do do francês, do português, do alemão. O vinho faz parte desse processo, como alimento também, não como bebida alcóolica”.
A boa notícia é que os polifenóis, os verdadeiros responsáveis pelos benefícios que o vinho nos traz, estão presentes também nos sucos de uva integrais e também nos vinhos sem álcool, porque eles vêm das cascas das uvas e não do processo de fermentação.
Mas se você quiser escolher um vinho regular, com álcool, que mais contenha polifenóis, aposte nas uvas Tannat, muito utilizadas na vinicultura uruguaia.