07/08/23
Redação: Estadão Conteúdo
Imagem: Freepik
Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), divulgados pela Agência Brasil, apontaram que 86% dos brasileiros têm dívidas no cartão de crédito, e 9% com crédito pessoal. Muitos tomadores de crédito recorrem ao crédito pessoal para pagar dívidas mais caras como o rotativo do cartão.
Direitos bancários de correntistas
A advogada da assessoria financeira Nacional G3, Ludymilla de Paula, afirma que todo cliente tem direito de rever os juros quando achar que estão abusivos: “Pode-se dar através de uma ação popularmente conhecida como revisional, ou através de negociações extrajudiciais junto à instituição financeira”, explica.
A advogada ressaltar que não há uma lei que estabeleça regras para o parcelamento de uma dívida com instituições financeiras, e que os padrões de parcelamento se dão dentro do próprio contrato: “Por exemplo, se um consumidor vai até uma concessionária e adquire um veículo dentro do contrato de financiamento haverá as regras que estabeleçam as diretrizes do parcelamento daquele financiamento. O mesmo ocorre quando uma pessoa adquire um cartão de crédito dentro daquele contrato, há regras do parcelamento das faturas que virão”, exemplifica.
Ela explica que as instituições financeiras irão sempre querer um acordo, o que pode tornar essa negociação difícil é uma redução expressiva no valor da dívida. “O ideal é sempre estar em diálogo com o banco, insistir em uma negociação justa para colocar a vida financeira em ordem”, indica
Ludymilla aponta a negociação como a melhor forma para correntistas se livrarem dos juros altos: “O melhor é sempre fazer o compromisso com o que se consegue arcar, se para a pessoa, naquele momento, uma renegociação se torna mais viável, o melhor é renegociar, porém, há casos que o ideal é sanar de vez a dívida, com uma resolução total e definitiva através de uma quitação à vista”, completa.