A pergunta sobre a suposta “morte do rock” continua em debate, mas, para Nando Reis, o mais interessante é observar como o mercado musical tem se transformado. Em entrevista ao podcast Futeboteco, o cantor compartilhou uma visão pessoal sobre o momento atual da música e falou sobre como a lógica dos grandes shows mudou.
Segundo Nando, o rock dos anos 80 não deve ser visto como um movimento fechado, mas como parte de uma paisagem musical em constante transformação. O que atrai o público hoje, na visão do artista, são eventos únicos, como o reencontro dos Titãs ou as últimas turnês de artistas como Gilberto Gil. São experiências que carregam o peso da exclusividade — momentos que dificilmente se repetirão.
O cantor reforçou que sua análise parte de um olhar intuitivo, já que o comportamento do público está diretamente ligado a novas formas de consumo. O streaming e as redes sociais criaram um ambiente onde a música circula de forma mais pulverizada, permitindo que diferentes estilos coexistam sem que um precise apagar o outro.
Para Nando, o que há de mais forte hoje é justamente essa diversidade de interesses. E talvez seja aí que o rock continua vivo: não como um movimento dominante, mas como parte de uma cena ampla e plural.