Finalizando o ano de 2024, como já é tradição por aqui nesta semana eu faço uma retrospectiva do que foi novidade em nossa coluna durante estes 12 meses, começando por janeiro. Logo na abertura do novo ano, o segmento cervejeiro do Brasil perdeu um de seus maiores defensores e entusiastas. O mestre Marco Falcone partiu precisamente no dia 4 de janeiro, deixando uma lacuna enorme no mercado cervejeiro que, desde 2020, particularmente em Minas, vem sofrendo grandes baques, com fechamentos, falências e tragédias, como a contaminação exógena de uma grande cervejaria mineira que resultou em dezenas de vítimas há exatos quatro anos.
A abertura de 2024 com a perda de Falcone dava a tônica de como seria difícil este ano para o segmento da cervejas artesanais, principalmente sem um dos seus ícones mais reconhecidos. Vimos o avanço das grandes cervejarias pra cima do já ínfimo espaço ocupado pelas pequenas, com uma divisão injusta de mercado, e uma tão injusta quanto, carga tributária incidindo sobre a cervejarias menores.
Um ano em que vimos cervejarias pioneiras como Bierland, Dado Bier, Antuérpia, se despedirem do mercado ao encerrar para sempre suas atividades. E fica a pergunta: para que rumo vai o mercado de cervejas artesanais no Brasil?