14/11/2023
Redação: João Henrique do Vale
Imagem: Reprodução / Google Street View
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abriu um inquérito para investigar os riscos que levaram à interdição da Mina Fábrica Nova, da Vale, em Mariana, na Região Central do Estado. O local está fechado desde a última sexta-feira, após a mineradora não comprovar a estabilidade das pilhas de estéril. Técnicos da Defesa Civil do Estado, da Agência Nacional de Mineração (ANM) e do Ministério Público vão verificar a segurança no complexo em vistoria nesta terça-feira.
Por meio de nota, a ANM afirmou que na última sexta-feira suspendeu de imediato as atividades de disposição de estéril em pilhas da mina, por não comprovação da estabilidade das estruturas. A interdição preventiva aconteceu depois que a Vale protocolou um laudo, com data de 2020, mostrando a instabilidade na pilha de rejeitos. A empresa se comprometeu a apresentar outros documentos nos próximos dias.
A Defesa Civil de Minas Gerais afirmou que “não há até o presente momento elevação de nível da estrutura que recomende a evacuação de pessoas”.
Posicionamento Vale
Por meio de nota, a Vale afirmou que não há risco iminente atrelado às pilhas de estéril da mina de Fábrica Nova, em Mariana (MG), assim como não há a necessidade da remoção de famílias.
Diferentemente do que foi veiculado por alguns veículos de imprensa, a pilha de estéril é uma estrutura de aterro constituída de material compactado, diferente de uma barragem e não sujeita à liquefação.
“Importante também esclarecer que o dique de pequeno porte localizado à jusante de uma das pilhas tem declaração de condição de estabilidade positiva. A Vale reitera que a segurança é um valor inegociável e que cumpre todas as obrigações legais. A Vale continuará colaborando com as autoridades e fornecendo todas as informações solicitadas”, finalizou.