Os metroviários de Belo Horizonte entraram em greve, nesta quinta-feira (23), e por isso, as atividades estão suspensas totalmente nas 19 estações. A paralisação teve início 0h. A greve é contra uma resolução do governo federal que não autoriza os empregados lotados na Superintendência Regional Belo Horizonte (STU-BH) se transferirem para outras unidades da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) caso aconteça a privatização.
A decisão de interromper os trabalhos aconteceu no último domingo (19), em reunião realizada na Praça da Estação.
Segundo o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro), está marcada para acontecer uma audiência pública sobre a privatização nesta quinta-feira, às 13h, na Cidade Administrativa.
CDL/BH solicita funcionamento mínimo do metrô após anúncio de paralisação
Em virtude da paralisação dos metroviários, a partir desta quinta-feira, 23, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) enviou ofício ao Ministério Público do Trabalho e ao Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários de Minas Gerais solicitando a manutenção do funcionamento mínimo do metrô da capital. De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a paralisação dos metroviários pode afetar mais de 80 mil pessoas que usam o serviço diariamente.
“Entendemos e defendemos o direito legítimo à greve, contudo, sabemos que a mobilidade urbana é um fator essencial para a cidade, pois ela influi no fluxo de circulação de pessoas e na economia local. Estamos em um processo de retomada econômica e a diminuição das opções do transporte coletivo vai afetar diretamente as vendas de véspera do Natal, pois, sabemos que os dois dias anteriores à data são de grande movimentação”, afirma o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.