Pelo segundo ano consecutivo, o mercado de cervejas independentes americano caiu. Os dados apontados pela Craft Beer Social, mostram que, no ano passado, foram abertas 335 novas cervejarias nos Estados Unidos, enquanto 399 fecharam as portas. O saldo negativo foi de 64 cervejarias a menos em atuação no mercado, que até 2022 comemorava crescimento em quantidade e em participação.
As explicações encontradas são: dificuldade em engajar gerações mais jovens, mudanças nos hábitos de consumo e concorrência com outras bebidas. As perspectivas da associação são de estagnação, sem muitas chances de um mercado de cervejas independentes voltar a crescer para ultrapassar a marca de dez mil cervejarias em atuação, como havia sido previsto pouco antes da pandemia.
O fenômeno não é exclusivo dos Estados Unidos, como já falamos por aqui. Há pelo menos dois anos, na Europa, apenas a França teve crescimento no consumo de cervejas, o que é irônico sendo aquele país a terra do vinho por excelência.
O Brasil, que segue os Estados Unidos em tudo que se refere ao mercado cervejeiro, viu acontecer a mesma retração apontada por lá. Ainda assim, nos Estados Unidos, o mercado de cervejas independentes emprega quase 500 mil profissionais, contando com 9.736 cervejarias.
O foco das empresas americanas neste momento é aumentar sua distribuição própria, inovar os Tap Rooms e bares de fábrica, além de ampliar o portfólio das bebidas que eles produzem. Como as cidras e os drinks prontos para beber, que por aqui também fazem sucesso.
2025, pelo que se desenha, não será um ano em que a cerveja vai brilhar. Vamos ter que aguardar o movimento de pêndulo para que ele retorne para o lado das cervejas.