Dia de falar sobre um dos grandes técnicos da história do esporte recente e ver como a sinceridade faz bem para a pessoa depois que ela muda de lugar. Eu estou falando de Jürgen Klopp, de 58 anos, o homem que levou o Liverpool ao título da Champions e resolveu parar no auge.
Recentemente, ele concedeu uma entrevista ao portal The Athletic, na qual pôde ser sincero e falar sobre os desafios da vida pessoal para quem vive no alto nível.
Antes de mais nada, olha só que interessante: Klopp deixou o Liverpool no meio de 2024, depois de 9 anos de contrato.
Aqui no Brasil, Abel Ferreira está há 5 no Palmeiras, ganha tudo que é possível e volta e meia leva cornetada da torcida, imagina 9 anos.
Atualmente, Klopp é chefe de futebol do grupo RB, não vou falar o nome da bebida não, que possui equipes na Europa, América, Ásia e por aí vai.
Ele começou a entrevista contando vantagem da vida de não treinador e disse: “Eu não sabia que horas o jogo começava, pratiquei esportes, brinquei com meus netos, coisas totalmente normais, sabendo claramente que eu não quero mais trabalhar como técnico”.
Uma fala de Klopp que vem dando força na imprensa sobre vida social, ele disse: “Durante 25 anos, eu fui duas vezes a um casamento: o meu e outro há 2 meses atrás. Em 25 anos, eu fui quatro vezes ao cinema, todas nas últimas 8 semanas. É bom poder fazer essas coisas”.
Goste você ou não, pessoas ligadas ao esporte e outras profissões, como médicos, funcionários de companhias aéreas, imprensa, policiais e socorristas, muitas vezes são privadas de coisas normais para todos. Os jogadores ganham bem, ganham até porque são protagonistas do esporte, mas isso é um custo de vida para eles.
Sobre viagens, Klopp disse: “Fui a muitos países diferentes como técnico, mas não pude ver nada. Só o hotel, o estádio e o centro de treinamento”.
E a maneira como ele conclui a frase vai deixar claro para você que agora de fato ele é apenas mais um homem normal, ao falar sobre viagens, Klopp disse: “Eu tenho escolha, eu posso sair de férias, eu decido quando. Não, tá bom, a minha mulher decide quando, mas não é a Premier League ou a Bundesliga, né?” O homem que é mandado pela mulher é um homem normal.
Para finalizar, Klopp falou sobre calendário e descanso dos atletas. Ele disse que a Copa do Mundo de clubes com 32 equipes foi a pior ideia da história e ainda mencionou que o Chelsea, campeão da competição, agora está passando por uma crise de lesões e ainda fez uma analogia com o mundo dos artistas ao falar sobre necessidade de uma pausa.
Imagina pegar o melhor artista do mundo e fazer com que ele se apresente toda noite até que desmaie e depois dizer: “Sinto muito, acho que ele perdeu o foco”. Eu acho que você está certo, tá, Klopp?
Para quem gosta desse assunto, Muricy Ramalho também, quando deixou de ser treinador, falou sobre a pressão e como ele viu mestre Telê Santana adoecer devido à excessiva carga de trabalho, tá bom? Vamos pensar sobre a vida, porque não é só trabalhar, não, tá?