A Mostra “Drummond e o Cinema”, do Cine Humberto Mauro, homenageia, entre os dias 07 e 17 de novembro, o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade. A exposição retrata a relação íntima que Drummond tinha com o cinema. O público poderá apreciar filmes nacionais e internacionais que marcaram a vida do poeta de Itabira.
Com a programação gratuita, a mostra vai exibir 39 filmes que dialogam com a vida e carreira de Drummond. Pesquisadores da área também conduzirão debates noturnos sobre as obras. Um dos destaques é o também mineiro e escritor Humberto Werneck.
O jornalista é autor da obra “Drummond: Uma Biografia” (2008), na qual retrata a vida e a obra do poeta, oferecendo uma visão aprofundada de sua trajetória, influências e impacto na literatura brasileira.
Confira a programação:
- 07/11/24 (Quinta-feira) – DRUMMOND E O CINEMA
19h – “Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade” (2014, BRA, 65’), de Eucanaã Ferraz;
20h15 – “O fazendeiro do ar” (1972, BRA, 9’), de Fernando Sabino;
20h30 – Debate de abertura: Humberto Werneck (biógrafo e jornalista) e Roberto Said (Letras, UFMG) [com tradução em libras];
- 08/11/24 (Sexta-feira) – DRUMMOND E O CINEMA CLÁSSICO
17h – “Ninotchka” (1939, EUA, 110′), de Ernst Lubitsch com Greta Garbo;
19h – “Tempos modernos” (1936, EUA, 86′), de Charlie Chaplin;
20h30 – Debate: Eucanaã Ferraz (IMS/Letras, UFRJ) e Ana Lúcia Andrade (Belas artes, UFMG). Mediação: Pedro Rena (Letras, UFMG) [com tradução em libras];
- 09/11/24 (Sábado – DRUMMOND E O CINEMA BRASILEIRO
16h – Série “Resíduo”, episódio “Henriqueta Lisboa” (2023, BRA, 26′), de Marília Rocha; “O suposto filme” (2021, BRA, 12′), de Rafael Conde; “A hora vagabunda” (1998, BRA, 16’), de Rafael Conde
17h – “Macunaíma” (1968, BRA, 110′), de Joaquim Pedro de Andrade;
19h – “O padre e a moça” (1966, BRA, 90′), de Joaquim Pedro de Andrade;
20h30 – Debate: Sérgio Alcides (Letras, UFMG) e Cláudia Mesquita (Comunicação, UFMG). Mediação: Pedro Rena (Letras, UFMG);
- 10/11/24 (Domingo) – DRUMMOND E O CINEMA
17h – “Hiroshima, mon amour” (1959, FRA, 90’), de Alain Resnais;
19h – “Metropolis” (1927, ALE, 148’), de Fritz Lang;
- 12/11/24 (Terça-feira) – DRUMMOND E O CINEMA BRASILEIRO
14h – Sessão com acessibilidade (70′) – [Audiodescrição, Legenda e Libras]
- “profanAÇÃO” (2019, BRA, 28’), de Estela Lapponi;
- “Bonequinha surda do rio Jequitinhonha” (2023, BRA, 4’), de Ademar Alves Jr.;
- “Deffuturismo” (2022, BRA, 10′), de João Paulo Lima;
- “Eu vi nos seus olhos, da janela, eu vi, que era o fim” (2021, BRA, 9′), de Larissa Muniz;
- “Carta” (2021, BRA, 6′), de Ralph Antunes;
- “Eu acho que eu não quero voltar pra casa” (2021, BRA, 10′), de Maru;
- “Fi di Quem?” (2021, BRA, 3′), de Karla Vaniely;
15h30 – “Entre mundos: Vida e obra de Helena Antipoff” (2019, BRA, 70′), de Guilherme Reis;
17h – “Limite” (1931, BRA, 120′), de Mário Peixoto;
19h – “A casa assassinada” (1971, BRA, 103’), de Paulo Cesar Saraceni;
20h45 – Debate: Denilson Lopes (Comunicação, UFRJ) e Gustavo Silveira Ribeiro (Letras, UFMG). Mediação: Roberto Said (Letras, UFMG);
- 13/11/24 (Quarta-feira) – DRUMMOND E A MINERAÇÃO
17h – “Lavra” (2021, BRA, 90’), de Lucas Bambozzi;
19h – “Rejeito” (2023, BRA, 75’), de Pedro de Filippis;
20h15 – Debate: André Brasil (Comunicação, UFMG) e Alessandra Brito (Comunicação, UFMG). Mediação: Pedro Rena (Letras, UFMG);
- 14/11/24 (Quinta-feira) – DRUMMOND E AS HISTÓRIAS DO BRASIL
17h – “Era uma vez Brasília” (2017, BRA, 99′), de Adirley Queirós;
19h – Série “Imagens do Estado Novo 1937-45″, episódio 2 (2016, BRA, 54′), de Eduardo Escorel;
20h – Debate: Heloisa Starling (História, UFMG) e Wander Melo Miranda (Letras, UFMG). Mediação: Eduardo de Jesus (Comunicação, UFMG) [com tradução em libras];
- 15/11/24 (Sexta-feira) – DRUMMOND VAI AO CINEMA
16h – Sessão com acessibilidade: “O garoto” (1921, EUA, 68′), de Charlie Chaplin [Audiodescrição];
17h15 – “Ivan, o terrível“, parte 1 (1944, URSS, 99′), de Serguei Eisenstein;
19h – “Morangos silvestres” (1957, SUE, 90′), de Ingmar Bergman;
20h30 – Debate: Carla Maia (Cinema, UNA) e Marcelo Souza e Silva (Cia. Luna Lunera). Mediação: Roberto Said (Letras, UFMG);
- 16/11/24 (Sábado) – DRUMMOND E A MAQUINAÇÃO DO MUNDO
14h30 – “Erosões” (2012, BRA, 36’), de Oswaldo Teixeira;
15h15 – Imagens de um filme em construção, de João Dumans (2024, BRA, 80′);
Sessão comentada: João Dumans (cineasta);
18h – Sessão de curtas (60′)
- “Camaco” (2022, BRA, 14′), de Breno Alvarenga;
- “O silêncio elementar” (2024, BRA, 15′), de Mariana de Melo;
- “O maior trem do mundo” (2019, BRA, 6’), de Julia Pontes;
- “Terras remotas” (2019, BRA, 10’), de Simone Cortezão;
- “Nunca é noite no mapa” (2017, BRA, 5’), de Ernesto Carvalho;
- “Noite que não finda” (2020, BRA, 5′), de Pedro Aspahan;
- “Máquinas do mundo”, (2019, BRA, 5’) de Laura Vinci e Mundana Cia.
19h – Debate de encerramento: José Miguel Wisnik (Letras, USP) e Laura Vinci (artista plástica). Mediação: César Guimarães (Comunicação, UFMG) [com tradução em libras];
21h – “A última floresta” (2021, BRA, 74′), de Luiz Bolognesi com Davi Kopenawa;
- 17/11/24 (Domingo) – DRUMMOND E CHAPLIN
18h – “O grande ditador” (1940, EUA, 124′), de Charlie Chaplin
Sessão comentada: Rafael Ciccarini (Ânima Educação).
Mediação: Pedro Rena (Letras, UFMG).
Carlos Drummond de Andrade e o cinema em Belo Horizonte
De acordo com José Maria Cançado, um dos principais biógrafos de Carlos Drummond de Andrade, o poeta nascido em Itabira, teve uma relação significativa e apaixonada com o cinema. Ele conta que durante a juventude de Drummond, nas décadas de 1920 e 1930, o cinema era uma das principais formas de entretenimento e cultura da capital mineira.
Cançado aponta em suas obras que a admiração e a presença constante de Drummond nos cinemas de Belo Horizonte acabou influenciando a obra poética do artista, trazendo temas e estéticas do cinema para suas reflexões literárias.
Além disso, Drummond tinha um apreço por cineastas e filmes que desafiavam convenções, como os do movimento do cinema novo. Sua paixão pelo cinema se traduziu em crônicas e ensaios, onde analisava filmes e refletia sobre suas narrativas, personagens e técnicas. Ele via o cinema como uma forma de expressão capaz de dialogar com a poesia e a literatura, ampliando a maneira como as histórias poderiam ser contadas.
Mostra “Drummond e o cinema”
Data: De 07 a 17 de novembro
Endereço: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes – Av. Afonso Pena, 1537, Belo Horizonte
Ingressos: Gratuitamente, na bilheteria do Cine Humberto Mauro
Mais informações: Clique aqui.