Países europeus produtores de vinho por excelência, como França e Espanha, passam por uma crise sem igual por causa da diminuição do consumo de bebidas alcoólicas em toda a Europa. A tendência de abstenção do álcool, agravada pela pandemia, provocou uma queda nas vendas de vinho acima de 30%, nos anos de 2022 e 2023.
O susto foi tão grande que a União Europeia tomou uma das medidas mais radicais já vistas, liberando a verba de 120 milhões de euros para custear a destruição de 4% da área de vinhas plantadas na França, a fim de reduzir o volume que vem sobrando de vinho produzido e, assim, regular os preços impedindo sua queda.
França e Portugal, por exemplo, têm registrado o aumento de estoque de vinho armazenado de mais de 20%. Junte-se ao consumo menor de álcool a redução nas exportações de vinho pela União Europeia na casa dos 8,5%, em média, já que o mundo, em especial a China, vem comprando menos vinho desde 2022.
É, a crise é grave e exige do setor vinícola um repensar de planos e a adaptação às novas tendências de consumo.