09/08/23
Redação: Rede 98
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Silvinei Vasques, ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal, foi preso na manhã desta quarta-feira, pela Polícia Federal, durante a operação “Consituição Cidadã”, sobre interferência no segundo turno das eleições de 2022. A prisão ocorreu em Florianópolis, Santa Catarina. Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
No domingo do segundo turno, Alexandre de Moraes determinou a suspensão imediata das blitze, sob pena de prisão de Vasques. A ordem, no entanto, foi desrespeitada pela PRF.
Há ainda 10 mandados de busca e apreensão sendo cumpridos no Rio Grande do Sul, no Distrito Federal, em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte contra diretores da PRF na gestão Silvinei. Não há mandados de prisão contra eles.
Crimes
A operação mira crimes de crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal. Ainda mira delitos descritos no Código Eleitoral: “impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio” e “ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato”.
O nome da ofensiva, “Operação Constituição Cidadã”, faz referência à Lei Maior do País, que “garantiu a todos os cidadãos o direito ao voto, maior representação da Democracia”, ressaltou a PF.
Silvinei Vasques assumiu a chefia da PRF em abril de 2021, quando foi empossado o ex-ministro da Justiça Anderson Torres – alvo de investigação por suposta omissão ante os atos golpistas de 8 de janeiro. O ex-diretor da PRF se aposentou em dezembro do ano passado, aos 47 anos e no apagar das luzes do governo Jair Bolsonaro, no meio de uma série de investigações sobre sua atuação em meio às eleições.
Às vésperas do pleito, ele chegou a usar sua conta para pedir o voto no então presidente Jair Bolsonaro. Ele publicou nos stories uma foto da bandeira do Brasil e escreveu: “Vote 22, Bolsonaro presidente”.