O comércio considerado não essencial pela Prefeitura de Belo Horizonte está fechado desde o dia 11 de janeiro. A administração municipal alegou que os motivos da nova interrupção das atividades estavam diretamente relacionados ao alto índice de ocupação de leitos dedicados ao tratamento de Covid-19 e à necessidade de reduzir a circulação de pessoas nas ruas.
No entanto, em entrevista coletiva concedida na tarde desta terça-feira (26), 24 entidades de diversos segmentos da economia da capital mostraram em números que o fechamento do comércio ocorrido há 15 dias não surtiu os efeitos desejados. A avaliação revela que o número de pessoas internadas atualmente é menor que na data de retomadas das atividades comerciais em agosto de 2020.
Os índices referentes ao isolamento social, também apresentados pela Prefeitura como motivador para o novo fechamento do comércio, revelam que nos três dias úteis anteriores ao anúncio da paralisação, a média de isolamento era 46,03%. No último boletim epidemiológico, emitido nesta segunda-feira, dia 25, este índice registrava uma média de 45% nos dias úteis desde o fechamento, ou seja, o isolamento social diminuiu mesmo com o comércio estando fechado.
Reabertura do comércio
Diante desses números, as entidades entendem ser possível a reabertura das atividades que hoje estão impedidas de funcionar. Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte, Marcelo de Souza e Silva, está provado que o fechamento do comércio não resolve o problema do aumento do número de casos de Covid em BH. Souza e Silva acredita ainda que a reabertura imediata do comércio é perfeitamente possível.