12/12/2023
Redação: Agência Minas
Imagem: Receita Federal/Divulgação
A Receita Estadual e a Polícia Civil de Minas Gerais fizeram, na manhã desta terça-feira (12/12), a primeira fase da operação “E agora, José?”, de combate à sonegação fiscal de ICMS no segmento de bebidas.
A estimativa é que o prejuízo aos cofres públicos seja de, aproximadamente, R$ 80 milhões nos últimos dois anos.
As investigações dão conta que, no período entre agosto de 2021 e outubro de 2023, as empresas simularam operações de compras de mercadorias se beneficiando do tratamento tributário previsto no comércio eletrônico destinado a consumidores finais, mas, de fato, comercializavam os produtos de empresa para outra empresa, por vezes sem a emissão de documentos fiscais e não recolhendo o ICMS devido ao Estado de Minas Gerais.
A principal empresa alvo desta etapa da operação comprou, em pouco mais de um ano, mais de R$ 180 milhões em mercadorias, mas suas notas fiscais de vendas somam pouco mais de R$ 11 milhões, no período.
De acordo com o superintendente de Fiscalização da Receita Estadual, Carlos Renato Confar, o Fisco mineiro está adotando medidas rigorosas e eficazes para combater práticas ilícitas na comercialização de bebidas, garantindo a justa arrecadação de tributos e promovendo a equidade no mercado.
“E agora, José?”
O nome da operação faz alusão ao poema do escritor mineiro Carlos Drummond de Andrade, no sentido do Fisco acabando com a “festa” das empresas que agem na irregularidade.
Os trabalhos de buscas e apreensões realizados nesta terça-feira contaram com 30 auditores fiscais da Receita Estadual e 16 agentes da Polícia Civil.