Todos os anos, os pais de João o levavam para passar férias na casa da avó no interior. Um dia João perguntou aos pais: “Já estou grande, eu posso ir sozinho para casa da vovó?”. Depois de uma breve discussão, os pais concordaram.
Eles estão na estação esperando a saída do trem, fazem algumas recomendações e João repete: “Eu sei, vocês já me disseram isso mais de mil vezes. O trem está prestes a sair e seu pai falou no seu ouvido: “Filho, se você se sentir mal ou inseguro, leia isso”. E colocou um bilhete no bolso dele.
João foi então sozinho, feliz no trem, como queria, admirando a paisagem pela janela e um certo momento o supervisor faz algumas comentários sobre o fato dele estar sozinho. Uma pessoa passa e olha para ele com ar de tristeza e pena.
João começou a se sentir mal e inseguro, abaixa a cabeça sozinho, sente medo e já com lágrimas nos olhos lembrou-se que o pai colocou algo no seu bolso, encontrou o pedaço de papel e nele estava escrito: “Filho, estou no último vagão”. E assim é a vida, nós devemos deixar nossos filhos irem, apoiá-los, mas sempre estaremos ali, no último vagão.