A CDL/BH (Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte) promoveu o seminário “Perspectivas econômicas do Brasil e do mundo: desafios e oportunidades”, nesta sexta–feira (4/7). O CDL Lide (Grupo de Líderes Empresariais) reuniu empresários e vários nomes da política brasileira, como o presidente da CDL/BH e do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, e o economista Henrique Meirelles.
O evento levantou discussões sobre o atual momento econômico brasileiro, como o embate entre o Governo Federal e o Congresso Nacional em torno do IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras). Durante o encontro, Marcelo apontou a questão da eficiência operacional nas empresas.
“Nós precisamos levar isso rapidamente para o Governo Federal”, disse. “Nós estamos com um problema muito sério no Brasil, a questão dos juros altos, porque o setor de comércio e serviços, principalmente, é movimentado pelo crédito”, destacou.
De acordo com o presidente da CDL/BH, o Brasil também precisa diminuir a carga tributária exercida sobre os setores. “Se você tiver uma carga tributária adequada, justa, você tem as empresas recolhendo isso com muito mais fervor. Você tem uma arrecadação maior, e a gente briga muito por isso”, analisou.
O ex–ministro da Fazenda e ex–presidente do Banco Central, Henrique Meirelles demonstrou compreensão com a mais nova suspensão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre todos os decretos relacionados ao tema do IOF.
“Porque o IOF, por concepção, por definição, é um imposto regulatório. O que significa imposto regulatório? É aquele que é aplicado em determinadas transações para desincentivá-las ou torná-las menos atraentes”, explicou.
“Da maneira que estava sendo usado, inclusive colocando IOF no crédito, encarecia, portanto, esse produto essencial para toda a população”, completou. “Então, [a suspensão] é uma atitude importante do Supremo, porque diz: ‘O IOF não é um imposto arrecadatório”.