O beato Carlo Acutis, conhecido como padroeiro da internet, será canonizado, neste domingo (7/9), pelo papa Leão XIV. Originalmente, a cerimônia estava marcada para o dia 27 de abril, para coincidir com o Jubileu dos Adolescentes. No entanto, foi adiada por causa da morte do papa Francisco, em 21 de abril.
O jovem nasceu em 3 de maio de 1991 em Londres, na Inglaterra, e morreu aos 15 anos, em 12 de outubro de 2006 em Monza, na Itália, após ser acometido por uma leucemia classificada como fulminante. Os primeiros sinais da doença apareceram pouco antes, em setembro. Ele é o primeiro santo do milênio e está enterrado de moletom e tênis da Nike.
“Desde cedo, Carlo demonstrou grande habilidade para a informática, dom que utilizou no serviço aos outros e na divulgação de conteúdos de formação cristã, como a exposição sobre os milagres eucarísticos”, disse o Vaticano, citando Acutis como modelo de santidade na era digital.
‘Colheu as necessidades do seu tempo’
Acutis foi beatificado no dia 10 de outubro de 2020 pelo papa Francisco. À época, o santo padre o descreveu como alguém que “não se acomodou numa imobilidade confortável, mas colheu as necessidades do seu tempo, porque viu o rosto de Cristo nos mais frágeis”.
O primeiro milagre por intercessão de Carlo Acutis reconhecido pelo Vaticano ocorreu na Igreja Nossa Senhora Aparecida, em Campo Grande (MS), em 2013. O protagonista do que a Santa Sé se refere como cura milagrosa é o brasileiro Matheus Lins Vianna, à época com 3 anos.
O menino não conseguia se alimentar e apresentava vômitos constantes, devido a uma grave condição no pâncreas. “Após intensas orações da família e um toque espontâneo em uma relíquia de Carlo Acutis durante uma celebração, o menino foi curado de forma inexplicável, como atestado por exames médicos posteriores”.
O milagre foi aprovado pelo Vaticano, em 2020, e levou à beatificação de Carlo. Já o reconhecimento do segundo milagre atribuído à intercessão do jovem possibilitou sua canonização: a cura da costa-riquenha Valeria Valverde, 21 anos, que se feriu gravemente após um acidente de bicicleta em Florença, na Itália, em 2022.
Seis dias depois do acidente, a mãe de Valéria fez uma peregrinação à cidade de Assis para rezar pela cura da filha no túmulo do beato Carlo Acutis, deixando um bilhete escrito. Nesse mesmo dia, Valéria começou a respirar sozinha e, no dia seguinte, recuperou o uso dos membros superiores e recuperou parcialmente a fala.
Ao contrário das previsões médicas, Valéria passou uma semana fazendo sessões de fisioterapia. No dia 2 de setembro de 2022, dois meses depois do acidente, ela mesma fez uma peregrinação ao túmulo de Carlo Acutis, acompanhada da mãe, para celebrar sua cura.
Com Agência Brasil