Em um duelo truncado, em que nenhum dos lados teve muito volume ofensivamente, o Galo apresentou méritos defensivos, soube amarrar o jogo, esbanjou inteligência tática em muitos momentos e empatou em 0 a 0 com o São Paulo na noite de ontem.
O alvinegro desfilou também com valências de ordem psicológica, se mostrando cascudo, talhado para as copas, em diversos instantes e, no todo, mereceu passar. No primeiro tempo, o Atlético chegou a ter períodos negativos, em que padecia com dificuldades na saída de bola, entregando a posse para o tricolor em zonas perigosas de seu próprio campo, ou obrigando Everson – bem no confronto, apesar de não muito exigido –, a rifar a bola em chutões inócuos, que também devolviam a redonda para os adversários.
Ainda assim, em termos de lances agudos, as oportunidades mais cristalinas da etapa inicial foram dos mandantes, ambas com a combinação Hulk e Paulinho, com o super-herói funcionando qual o ótimo criador e garçom em duas ocasiões. O primeiro, o melhor em campo, teve resiliência e perspicácia para segurar a gorduchinha em diferentes lances, operando nestes praticamente sozinho na parte ofensiva.
Sobrou também ao ídolo da Massa a habilidade para dominar verdadeiros torpedos que vinham lá de trás, aparentemente fadados a morrer nos pés inimigos. Saravia foi outro que se destacou no embate, sobretudo por, basicamente, anular Lucas Moura, principal nome dos paulistas e que caía majoritariamente pelo lado esquerdo da trupe de Zubeldía.