O filme “A Substância”, que já foi analisado sob diversas óticas, é do tipo ame ou odeie. Li várias críticas, incluindo opiniões de pessoas que o consideraram pesado, assustador ou até ruim. Sim, é um filme sangrento. Mas, há muitas mensagens que nos fazem parar para refletir e trazer para a nossa própria vida.
A história gira em torno de uma estrela da TV que, aos olhos do mercado, já estava velha. Passando por um processo de humilhação e demissão, ela descobre uma substância que permite a duplicação de si mesma: uma sai da outra, ambas sendo a mesma pessoa.
Enquanto o corpo, considerado velho, repousa conectado a diversos aparatos, o novo corpo assume o lugar da estrela, sem que ninguém perceba que são a mesma pessoa. Dias depois, o corpo jovem descansa, e o velho retorna, mas, sempre reconhecendo em si os impactos causados pela outra versão.
Quando o corpo jovem, dominante na cena, comete abusos, isso vai causando lesões e deteriorando o corpo antigo. O que quero destacar aqui é: o resultado do nosso processo de envelhecimento depende muito dos hábitos assumidos na juventude.
A Dra. Ana Beatriz Pinho diz algo assim: Se você está com 13 anos, cuide-se agora. Se está com 60, não é por isso que vai relaxar: faça a sua parte na fase em que está, para evitar piores impactos nos anos que virão.