Tivemos o clássico no domingo à noite e ele ainda não acabou, porque hoje é dia da cidade inteira falar sobre a noite de ontem. Mas falando em reverberar na mídia, você já imaginou uma música feita para elevar uma competição?
Eu estou falando do tema da Champions League, porque no final da próxima semana, sábado, dia 31/05, será disputada a grande final da Champions League na Allianz Arena, em Munique, Alemanha. Se enfrentarão PSG e Inter de Milão. O nascimento do hino da Champions: em 1992, quando a então European Cup passou a se chamar UEFA Champions League, os diretores procuravam por um registro sonoro.
Uma das motivações para a música seria o fato de que, nos idos de 1992, os hooligans, torcedores organizados, associados a todo tipo de briga e confusão, ocupavam muito espaço na mídia. A ideia então, era elevar o esporte e a competição que se pautasse o melhor do futebol ao invés do pior que é dito sobre o jogo. Os cartolas então procuraram o britânico Tony Britten, formado no Royal College of Music, torcedor do Crystal Palace.
Ele recebeu a referência de “Zadok the Priest “, de Händel, usada na coroação do rei Jorge II, obra de 1727, só quase 300 anos atrás. Em entrevista ao site da UEFA, Tony Britten contou que foi orientado a buscar algo que fosse capaz de refletir a gravidade, no sentido de seriedade e grandeza, além da imponência da competição. A ideia da música era de fazer o jogo bonito novamente.
Tony ainda contou que a inspiração na música de Händel o veio a calhar bem, porque fazia referência ao sucesso, poder, grandeza de uma coroação. A história por trás é muito rica, a música original de Händel, “Zadok the Priest “, então, é imponente para caramba, mas a letra não é lá essas coisas não. Ela alterna entre o alemão o francês, o inglês e diz: “Ils sont les meilleurs”, em francês. “Sie sind die Besten “, em alemão e “these are the champions”, em inglês.
Aí começa: “Die Meister “, em alemão. “Die Besten , alemão. “Les grands équipes”, em francês, “The Champions”. Aprendizados, valorizemos o nosso jogo. Falemos o que há de melhor e vamos repercutir mais o futebol do que a violência ou os protagonistas delas. Nota rápida, Händel, o compositor da música que inspirou o hino da Champions, também é autor daquela “Aleluia, Aleluia”.