É sempre uma emoção confusa quando visitamos um memorial que narra com sua construção, uma tragédia da vida real. Confusa porque mistura a dor do acontecido, o horror do que foi vivido ali, a um carinho e a uma dedicação em fazer o melhor em homenagem às vítimas e suas famílias enlutadas.
E foi pensando nessa forma de resistir ao apagamento do tempo e da história, que seis anos após o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, que tirou a vida de 272 pessoas, que o Memorial Brumadinho foi inaugurado no último sábado.
O projeto arquitetônico desenvolvido pelo escritório Gustavo Penna Arquitetos Associados, foi escolhido em votação pelos familiares das vítimas. Para o arquiteto Gustavo Penna, o memorial é mais do que um espaço físico, ou como ele diz: “simboliza a força e a fragilidade da vida, acolhe a dor e a transforma em um ato de resistência contra o esquecimento.”
A sinalização assinada pela Greco Design segue o mesmo caminho, arquitetura, design e tipografia em um projeto que confronta o indivíduo e o coloca de frente para o registro inegável da realidade. É um espaço de reflexão, homenagem e preservação da memória coletiva. Que tragédias assim não se repitam jamais.