Os jogos de meio de semana dos dois gigantes mineiros caíram de modos diametralmente opostos para os treinadores da dupla de potências do nosso estado. E não apenas por uma leitura simplória dos resultados díspares obtidos pelos clubes em questão.
Milito errou bastante contra o Fluminense e, em geral, na minha visão, não anda em grande fase. A insistência com Paulinho demasiadamente aberto pela esquerda, muito longe de Hulk, prejudica a letalidade ofensiva do seu conjunto. Manter Scarpa tão colado na direita torna o alvinegro menos criativo do que revela-se condizente com as peças que o time possui.
Se for para escolher uma linha de quatro na defesa, faz bem mais sentido optar por Mariano executando o seu labor de ofício do que improvisar Bruno Fuchs no setor. E a cisma com o Fausto Vera, para mim, resvala na teimosia. Sem Otávio, me parece claramente melhor deslocar Battaglia para o meio e colocar um zagueiro de origem ao lado de Júnior Alonso.
Seabra, por sua vez provou-se fundamental no triunfo da Raposa no Paraguai, mudando o esquema de forma eficiente. Seu 4-2-3-1 com as presenças de Lautaro e Verão pelas pontas deixou o Cruzeiro mais agudo, vertical, perigoso pelas beiradas.