No livro “A Mesa do Mestre Cervejeiro”, Garret Oliver, um dos nomes mais incensados do segmento cervejeiro internacional, diz que o terroir da cerveja são as mãos do mestre cervejeiro.
Isso porque até pouquíssimo tempo achávamos que clima, solo, geografia, geologia não interferiam nas características da cerveja, já que os ingredientes utilizados na produção da bebida, em todo o mundo, tinham a mesma procedência.
Acontece que hoje a realidade é outra. Planta-se lúpulo em países em que se acreditava que a planta nunca vingaria, como no Brasil. Novas cepas de leveduras têm sido isoladas em diferentes países e ambientes, até mesmo aqui no campus da UFMG.
Novos grãos, além da cevada, têm sido estudados para a produção de cerveja. Ou seja, não dá mais para ignorar a questão do terroir quando o assunto é cerveja.
Assim como o vinho adquire características dos locais onde as uvas são plantadas e colhidas, a cerveja trará características ambientais em cada insumo que a compõe.
Isso tornará a degustação da bebida um processo muito mais complexo e rico que exigirá mais estudo e conhecimento.