11/01/2024
Redação: Cristiano Henrique
Imagem: Freepik
Após conseguir ultrapassar o difícil e desafiador ano de 2023, especialistas do varejo brasileiro estão com expectativa de conseguir um resultado mais satisfatório em 2024. Crises como o caso da Americanas, da 123 Milhas e da Starbucks no Brasil, estremeceram o mercado e trouxeram muitas incertezas para os investidores. Além disso, o período foi marcado por altas taxas de juros e dificuldade de se conseguir empréstimos junto as instituições financeiras, o dificultou ainda mais a caminhada dos varejistas de médio e grande portes. O cenário do ano de 2023 apresentou quedas de empresas tradicionais no Ibovespa como o Grupo Casas Bahia, Pão de Açúcar, Alpargatas e Magazine Luiza. Na contramão, tivemos poucos varejistas que conseguiram fechar “no verde”, como foi o caso da C&A e da Vivara.
Com o início da queda da taxa de juros no último trimestre de 2023, os varejistas começaram a demonstrar sinais de recuperação, mas a maior parte dos economistas brasileiros não acreditam que a taxa de juros terminará abaixo de dois dígitos em 2024.
Baseando-se nessas premissas, vou listar 5 tendências para o varejo brasileiro em 2024:
1. Phygital: As lojas físicas deverão seguir o modelo: menores, melhores, mais eficientes e com mais experiências para o consumidor. Além disso, os varejistas estão buscando maior conexão com o digital, aprimorando o relacionamento e a comercialização direta através do B2C. Dessa maneira, o formato phygital será aperfeiçoado com uma nova calibragem de acordo com o ecossistema que o varejista estiver inserido;
2. Varejo local: Estar próximo das comunidades e dos bairros é uma estratégia que será ainda mais adotada pelos médios e grandes players do mercado. O varejo de proximidade multicanal privilegiando a vizinhança é algo que agrega valor, favorece o fortalecimento das marcas e eleva o ponto físico dos varejistas;
3. Multiplicidade dos PDV’s: Os varejistas estão buscando a diversificação dos pontos de vendas, com expansão de PDV’s em lugares múltiplos e diversificados, tais como aeroportos, rodoviárias, estações de metrô, estádios de futebol e arenas multiuso, galerias de lojas, entre outros. A adoção de pontos alternativos como feiras gastronômicas e eventos segmentados favorece a conexão com o consumidor final, aumentando a possibilidade de faturamento;
4. Gestão financeira: Após ultrapassar o ano de 2023, muitos varejistas estão focados na gestão financeira dos seus negócios. Estabelecer metas e métricas para a saúde financeira de cada unidade de negócio tornou-se algo desafiador, mas também primordial para a sobrevivência e a alavancagem dos varejistas em 2024;
5. Inteligência Artificial: O varejo está começando a implantar e a integrar a I.A. no planejamento, na operação, na logística e no relacionamento com o consumidor. Mas, como uma nova tecnologia que está chegando, existem também preocupações em relação ao uso da I.A., especialmente em relação a gestão de riscos, governança e segurança cibernética. O ano de 2024 será marcado pelo ciclo de introdução das aplicações de I.A. no varejo.
