Por Déborah Lima
O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), anunciou, na manhã desta sexta-feira (11), que o reajuste de 10% para os servidores públicos será retroativo a janeiro para Saúde e Segurança – além de Educação, que já havia sido proposto. Para tentar satisfazer as forças de segurança, ele ainda propõe um aumento no auxílio fardamento.
“A primeira questão que conseguimos é que esse 10% de aumento será retroativo a janeiro para todas as carreiras”, afirmou Zema, seguindo para a segunda decisão. “Esse abono fardamento que envolve todos os servidores da polícia, até o ano passado correspondia a R$ 1.800 por ano, com o aumento para quatro parcelas, estamos falando que vai para R$ 8 mil por ano.”
Os profissionais da segurança pública estão em greve desde 21 de fevereiro. O grupo pede 24% de recomposição salarial, nos termos de um acordo assinado em 2019. Há duas semanas, o Palácio Tiradentes já havia oferecido aumentar em 10,06% os vencimentos de todo o funcionalismo público, mas o percentual foi rechaçado pelos policiais que voltaram as ruas para manifestar.
“Gostaríamos de dar mais, para mim seria muito conveniente principalmente em ano eleitoral, mas pra mim o que vale mais é responsabilidade”, acrescentou Zema.
O Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, pediu aos servidores que “entendam e reconheçam o momento financeiro que o Estado enfrenta”. “O estado está quebrado e estamos fazendo o máximo possível”, afirmou.
O discurso do coronel Rodrigo Sousa Rodrigues, comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, também foi direcionado aos servidores. “Espero que reconheçam que todo esforço possível foi feito e estamos com uma solução aceitável diante da legalidade”, disse.
O comandante ressaltou que não haverá mais negociação este ano. “Acabou a negociação. Não tem mais o que fazer. Foi o máximo que conseguimos fazer. Não tem como a nossa Polícia Militar não entender e não compreender. Solicitamos que ele (o policial), como protagonista que busca aplicação da lei, que siga a vida. É como se fosse um campeonato, esse ano acabou. Ano que vem tem mais campeonato.”