Uma hora vão dizer que estamos velhos demais, velhos para isso, para aquilo, que já fomos, que já demos o que tínhamos que dar. Vão nos empurrando aos poucos para as gavetas da história, para as prateleiras daquilo que já não serve mais. É duro, mas pode acontecer. Só que tem uma aprendizado importante aí: entender que tudo tem um fim. Projetos, fases, funções, até sonhos.
Isso faz parte da vida, mas há um segundo aprendizado ainda mais valioso: o fim de uma coisa pode não ser o fim de tudo. Às vezes, quando uma porta se fecha (e não é só clichê) há outras que podem e devem ser abertas ou a gente mesmo pode construir. O desafio é não se agarrar tanto ao que passou, a ponto de não enxergar o que ainda pode ser. Porque sim, podemos estar encerrando capítulos, mas isso não significa que o livro acabou.
A gente ainda tem muito que viver, criar, sentir e talvez justamente agora com mais bagagem, mais atitude, mais seleção, olhar diferenciado é que possamos encontrar novos caminhos adequados para o modo que caminhamos hoje.