Geralmente eu detesto falar de tendências porque eu acho isso uma bobagem. Se eu entro numa loja, vejo uma peça e a vendedora me fala que justo aquilo que eu tô prestando mais atenção tá vendendo muito, eu costumo responder: “Então eu não quero”.
E não gosto também quando alguém me fala que quer um móvel tal para sua casa porque tá na moda. Mas sim, tendência de mercado existe e dela a gente não escapa. Quer um exemplo? Eu tenho falado aqui de ambientes que estão na casa cor que parecem ter perdido o medo de sair do bege, do cinza, utilizando cores que a gente não estava acostumado a ver numa sala ou em um quarto. Porque eu amo isso.
Eu gosto de cor e gosto de quem sabe usá-la sem medo de ser feliz. Agora, a gente vai falar de tendência. Em um mundo de paletas cromáticas, o que realmente surge como tendência no mercado de arquitetura de interiores são os tons terrosos. Parece que são eles que vieram para dar um basta na proposta minimalista com variações de cinzas. Um bom exemplo é o ambiente da arquiteta Manuela Sena na Casa Cor.
Ela escolheu os terrosos mais quentes porque queria uma sala mais humanizada, mais calorosa e também trabalhou muito as texturas, seja na parede de pedra natural, no teto amadeirado, todo trabalhado em colmeias ou no tapete de sisal. Se você quiser conhecer esse projeto de perto, é só dar um pulo na Casa Cor que está no antigo Isabela Hendrix, próximo à Praça da Liberdade, que agora é Parque Lourdes.