Encontrei o Sr. Osvaldo todo alegre essa semana. Ele, que veio do interior de Minas Gerais, trabalhou na roça desde criança, seguindo a função dos pais e dos avós, cresceu naquele lugar e foi ali que ele se casou também. Viveu por mais de 40 anos com a mesma esposa, teve três filhos, mas dois morreram novinhos.
O mais velho casou-se e foi morar em uma cidade maior e, antes mesmo de dar a Sr. Osvaldo uma netinha que ele tanto queria, sofreu um acidente de moto e não sobreviveu.
Nessa sequência de perdas, o Sr. Osvaldo ficou viúvo. Precisou se mudar para Belo Horizonte para fazer o tratamento de uma doença que acabou tirando o seu sossego. Ele me disse que perdia o sono, mas tinha esperança de melhorar.
Os amigos ficaram para trás, e na capital mineira, ele contou com a ajuda de uma casa de apoio. Hoje, já curado, foi levado para um lar de idosos. Conheceu muita gente que ele disse que são seus amigos para o fim da vida.
O Sr. Osvaldo me contou que a vida foi generosa com ele, pois teve filhos e esposa muito amados. E agora, amigos que divide dias de cooperação, já que, nessa idade e no lugar onde estão, não se pensa em disputa e nem em ambição desmedida. Tão bom ouvir o Sr. Osvaldo!