A solidão tornou-se uma epidemia silenciosa do nosso tempo. Como alerta Noreena Hertz em seu livro “Século da Solidão”, estamos mais conectados do que nunca, mas também mais isolados. E essa realidade é retratada em muitos filmes que assistimos.
Em “Toy Story”, vemos que os brinquedos se sentem ameaçados a cada aniversário do seu dono. O medo de que chegue um brinquedo novo, mais encantador, de cair no esquecimento ou até de serem descartados. Eles se unem para neutralizar qualquer ameaça que possa afastá-los do menino.
Já em “Carros”, um jovem e famoso carro de corrida não tem amigos. Outro mais velho e experiente vive recluso porque todos o abandonaram após um acidente. A solidão atravessa a vida de cada um deles e também da pequena cidade que já foi movimentada, mas agora, segue esquecida depois da construção de uma nova estrada que economizava 10 minutos do trajeto.
Uma personagem diz com saudade, “os carros dirigiam pelas estradas antigas não para ganhar tempo, mas para aproveitar o tempo”. Como nos ensinam os filmes e a própria vida, precisamos resgatar o valor das conexões verdadeiras.