Uma vez eu fui ao Rio Grande do Sul e me propus a conhecer, sem programar, algumas cidadezinhas cujas placas apareceram na estrada. Várias me impressionaram, mas uma em particular e por algo que pode parecer estranho. O cemitério daquela cidade que eu nem lembro mais qual era, era de uma boniteza sem fim.
Eu só vi do carro, mas eu nunca vou esquecer do que ficou guardado na memória. Todas as lápides tinham arranjos floridos muito coloridos e muito bem feitos. Eu fiquei pasma. Gente, quem tem tempo de enfeitar um cemitério inteiro? Hoje, lembrando desse lugar, eu ouso fazer uma reflexão.
Naquela cidade, onde não só o cemitério era tratado com cuidado e carinho, mas com casas com jardim super fofos, sem ser aquele paisagismo estudado, minimalista, muitas vezes com plantas que não tem nada a ver com a nossa flora, devem morar pessoas menos estressadas. Viver numa cidade grande e cinza é muito estressante, muito mais do que a gente imagina.
Que o diga neuroarquitetura, que está cuidando de fazer a gente lembrar, entre outras coisas, o quanto estar perto das belezas da natureza é importante. Então, se você tiver um tempinho mínimo que seja, vá em uma praça, contemple os jardins, observe uma árvore quando você estiver andando pela rua. Olhe para o céu, para as nuvens. Essa parte eu adoro.
Eu te dou a certeza de que com pequenas atitudes, nosso dia pode ser menos heavy metal e ficar um pouco mais suave.