Entrei no carro por aplicativo e perguntei ao motorista se poderia levar uma sacola grande no banco de trás ou no porta-malas. Ele perguntou se estava suja. Eu disse que não, e ele autorizou a ida no banco mesmo. Perguntei se entrava muita gente sem noção ali que era capaz de colocar uma sacola suja no banco e ele disse que entra gente bebendo cerveja, acabando de lanchar, até tomando café, e que ele já proibia de uma vez porque se tiver que parar pra limpar o cheiro de uma cerveja derramada, ele perde um dia de trabalho.
Começamos a falar sobre consciência social. Eu estava voltando de uma viagem à cidade de Recife e numa segunda-feira antes do meu voo eu resolvi fazer uma caminhada na praia. A areia da praia estava lotada de tudo quanto é tipo de objeto que se tornou lixo e foi deixado para trás pelos que desfrutaram um domingo de sol. Eu sei que dali a pouco a equipe da prefeitura passaria recolhendo embalagem de margarina, chinelos arrebentados, lâminas de barbear, embalagens de filtro solar, camisetas rasgadas e para minha surpresa, boiando, bailando nas ondas, um colchão grosso de espuma.
Há tanta coisa para se falar a respeito de consciência social que eu vou preferir deixar aqui em aberto esse conceito para nossa reflexão a fim do melhor convívio com os outros, o que que cada um de nós pode fazer.